Depois de ouvir esta pérola de Fernando Alves (ouvir aqui) apeteceu-me fazer uma coisa que há muito desejo, pela urticária que o senhor que se segue me provoca!
Quer se concorde, quer não, a Ministra e o Secretário de Estado Adjunto (súbdito de Valter Lemos, note-se) são pessoas interventivas, opinam, dão a cara (ainda que de pau), promovem asneira atrás de asneira… enfim, actuam e assumem e, diga-se, têm tenacidade, mesmo longe da razão!
Agora eu pergunto: têm seguido o comportamento deste espécimen de nome Valter Lemos? Afinal a segunda figura da hierarquia do ME?
Pois bem, nunca a palavra «inutilidade» foi tão útil! Reparem que este Senhor, produto desse fétido alfobre chamado clientelismo político, chega à 5 de Outubro vindo do Interior e, sem qualquer espécie de currículo para o cargo, é designado Secretário de Estado da Educação; 3 anos volvidos após ser investido na dita missão, façamos a sua avaliação; sei que estão a pensar em dar-lhe negativa não é? Hum…. Não me parece; sabem porquê? Porque negativa dá-se a alguém que fez mal! Por exemplo, à sua chefe de fila! Mas este senhor não pode ser avaliado, pura e simplesmente porque não tem elementos de avaliação; nada fez de bom nem de mau, ou seja, simplesmente nada fez!
No entanto podem arranjar-se uns critérios à pressão para avaliar o senhor, a saber:
Capacidade de ser incapaz: MUITO BOM
Capacidade de passear a bela carapinha em representações do Estado: BOM
Capacidade de espreitar para as câmaras por cima do ombro da Ministra, qual emplastro, mostrando um sorriso: EXCELENTE
Capacidade de lamber as botas do Sócrates: EXCELENTE
Capacidade de uso de Jorge Pedreira como lacaio, por manifesta incapacidade verbal: EXCELENTE
Capacidade de trabalho: «Não foi avaliado por falta de elementos de avaliação»
Por tudo isto, vinga a minha ideia de que as Democracias sofrem de uma maleita fatal; os cargos públicos são atribuídos por simpatia política e qualquer almocreve é promovido à Nobreza. Faz-me lembrar o tempo em que os Chefes de Estado Maior das Forças Armadas, com quilos de divisas nos ombros, batiam a pala a Paulo Portas!
Este Valter Lemos é um erro de casting! Este senhor, cuja maior e melhor frase que proferiu na vida de Secretário de Estado da Educação foi «É mais uma…» é a prova de como se faz política em Portugal!
Este senhor não pode ser chamado de secretário, mas sim de secretária; não me refiro a essa nobre profissão feminina, mas ao móvel mesmo; daquelas que se colocam num canto, imóveis, inertes e servem para colocar coisas em cima!
Como diria o Nuno Lopes dos Contemporâneos: V… v… v… vão mas é trabalhar!!!
Falo-vos, pois, do Secretário de Estado da Educação que vinha dentro do ovo «Sócrates Surpresa»; sobre o cidadão Valter Lemos nada tenho a arguir porque não o conheço nem de tal tenho pretensões.
Paulo Carvalho